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Que direito tenho Eu?


Plano de Aula do Filme Ratos de Rua | Animação | De Rafael de Paula Rodrigues | 2003 | 5 min | RJ


Diariamente quanta sujeira e destruição presenciamos nas ruas das grandes metrópoles? Respondendo a essa questão, o curta Ratos da Rua, nos traz como referência as crianças, que estão em situação de vulnerabilidade social, sem nenhuma garantia dos direitos que são assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.


A realidade do vício, da miséria e a falta de compaixão da sociedade, que muitas vezes é apática a essa questão, está colocada em cheque na reflexão a seguir com os alunos, a partir da discussão em sala de aula.






Objetivos

Conscientizar sobre os direitos da criança e do adolescente, discutindo sobre o Estatuto.


Desenvolver habilidades de escrita e estimular a criatividade em elaboração de projetos.


Trabalhar a desinibição dos alunos em uma apresentação pessoal.



Situação Didática
Etapa 1: (6 minutos)

O professor irá ouvir a canção "Inverno" interpretação de Rubi, composição de José Miguel Wisnik, se possível acompanhando a letra com os alunos.


Etapa 2: (20 minutos)

A partir da canção os alunos deverão expor o que sentiram sobre ela, e nesse momento é importante que o professor não direcione para que os alunos exprimam o que realmente entenderam da canção.


Após a primeira escuta, o professor poderá comentar sobre o tema que será trabalhado nesse encontro.


Etapa 3: (30 minutos ou mais)

Exibição do curta "Ratos da Rua"


Para introduzir agora uma comparação entre a canção e o filme, a sugestão é que o professor espalhe pela sala placas (elas podem ser confeccionadas com impressão em papel sulfite) com os direitos contidos no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) por exemplo, Direito a Vida, Direito ao Respeito etc, orientando os alunos para escolher apenas um direito que eles entendem que não foi cumprido com o personagem do filme e da canção. Os alunos deverão ir até o papel colado na parede e permanecer ali enquanto a mediação é feita.


Para que o debate seja produtivo o professor pode caminhar até o grupo de alunos que escolheram falar sobre aquele direito, estimulando a discussão.


Etapa 4:

Depois de ouvir a opinião de todos os alunos, o professor deverá solicitar que cada grupo crie um projeto de acordo com a placa do direito escolhido e discutido por eles, pensando no que esse projeto pode contribuir para que o menino do curta tenha esse direito garantido.


No projeto é importante que eles mencionem a proposta, o objetivo, a justificativa e o plano de ação.


No final da atividade o professor terá com a turma uma seleção de ideias que podem garantir os direitos contidos no ECA a crianças em situação de risco, esse trabalho poderá ser divulgado na escola e de acordo com a disponibilidade da instituição, poderá inclusive sair do papel porém é importante que o professor estimule a autonomia dos alunos para que as ideias possam acontecer independente de apoios externos.



Comentários
Para saber mais:

Música Inverno - Rubi


Filme "A História da Pobreza"


Vídeo sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente produzido pelo Centro Integrado de Aprendizagem em Rede da Universidade Federal de Goiás para os cursos de Especialização em Educação para a Diversidade e Cidadania e de Extensão Estatuto da criança e do adolescente:


Estatuto da Crianca e do Adolescente - UFG


Avaliação:

Para avaliar os alunos deverão apresentar o projeto para toda a turma, solicitando também o trabalho escrito para entrega.


Referências bibliográficas:

ARIÈS, Phillipe. História social da criança e da família. Trad. De Dora Flaksman. 2. Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1981.


SOUZA, Maurício de. A Turma da Mônica em: O Estatuto da Criança e do Adolescente. Ed. Maurício de Sousa, São Paulo, 1993.



Pedagogo Autor do Plano de Aula
Filipe Macedo


Formação: Ator, contador de histórias e educador - Cursando a Pós Graduação Lato Sensu "A Arte de Contar Histórias - abordagens poéticas, perfomáticas e literárias" pela Facon, graduado em Tecnologia de Produção Audiovisual pelo Centro Universitário Anhanguera, com formação Técnica em Artes Dramáticas pelo Senac, especializado em Libras (Língua Brasileira de Sinais) pelo Instituto Peniel .
Atividades Profissionais: Consultor pedagógico do Instituto Paramitas, Educador de Comunicação na Cepac Barueri (Associação para proteção de crianças e adolescentes), Mestre e Contador de Histórias na escola Lumiar SP, Orientador Socioeducativo no Programa Jovens Urbanos da Fundação Itaú Social, Educador de Teatro na Associação Eremim - Osasco SP, diretor da Companhia de Investigação Teatral Minha, Nossa.
Nível: Ensino Superior