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Mentira x Verdade

Filme Utilizado Mentira | Ficção | De Flávia Moraes | 1989 | 9 min | SP



Data da Experiência:04/09/2012

Nível de ensino da turma*: Ensino Médio

Faixa etária da turma*: de 14 a 18 anos

Nº de alunos que assitiram esta sessão:66

Autor do relato:Elias Marcelino Alves

Instituição:EE FREI CARLOS
| MG | PIEDADE DE CARATINGA
| Estadual
Objetivos do uso do filme
A questão da mentira e da verdade é um dos maiores dilemas da humanidade. Pretende-se abordar o gênero crônica, a adaptação da crônica para a linguagem audiovisual e alguns contextos históricos presentes no texto. Para isso: - Analisar a origem dos termos; - Pensar tanto na verdade quanto na mentira enquanto elementos do cotidiano; - Buscar as implicações da mentira e da verdade: Devemos falar a verdade sempre? Em algum momento, é permitido ou aconselhável mentir? Por que mentimos? Por que, muitas vezes, temos medo de dizer a verdade? - Refletir sobre o gênero crônica; - Analisar a adaptação da crônica para a linguagem audiovisual; - Conhecer os conceitos filosóficos de verdade e mentira; - Identificar os fatos históricos indicados na crônica, no ano em que ela foi escrita/publicada.

Sequência de atividades envolvendo o filme
1°- Levantar o tema principal que será abordado no curta e na crônica: mentira x verdade. Para isso, reunir a sala numa roda de discussão, e incitá-la por meio das perguntas: O que é mentira e o que é verdade? Devemos, sempre, trabalhar com a verdade? Em que situações dizer a verdade pode prejudicar alguém ou causar um mal- estar? Vale a pena dizer uma mentira "inocente"? E quando você diz a verdade e as pessoas não acreditam, o que fazer? Pedir para que os alunos anotem os principais tópicos da discussão e a conclusão (ou não) gerada por eles sobre o tema. 2°- Apresentar o curta aos alunos. Após apresentá-lo, reunir a turma numa nova roda de discussão e incentivá-los com as perguntas: O que acharam do filme? De acordo com o que foi discutido, vocês acham que a postura do marido foi correta? Ele deveria ter dito a verdade? Num trabalho interdisciplinar com o professor de Filosofia, discuta com os alunos os conceitos de verdade e mentira, por meio da filosofia. 3°- Apresentar a crônica escrita aos alunos. Discutir com eles as adaptações feitas do texto escrito para a linguagem audiovisual. A partir disso, apresentar o gênero crônica, aos alunos. Mostrar, por meio da crônica de Luis Fernando Veríssimo, as características do gênero, ressaltando a linguagem leve, o humor e os assuntos cotidianos e atuais (no caso da crônica apresentada, a época em que ela foi escrita). Trazer, para exemplificar, outras crônicas do mesmo autor ou de outros autores. 4°- A partir do que foi explicitado nas etapas anteriores, pedir aos alunos que escrevam suas próprias crônicas. Sugerir que eles utilizem um tema polêmico e atual para que a crônica fique mais interessante. Depois da primeira correção do professor e do acerto pelos alunos, expor as crônicas num "Mural Literário". 5°- Avaliação: verificar se os alunos compreenderam e analisaram criticamente a adaptação da crônica para o curta e se compreenderam os conceitos de verdade x mentira.

Comente os resultados da experiência
A formação do caráter nos pede a integridade e, como parte dela, a verdade como resposta irremediável. Para que possamos compreender verdadeiramente a força da verdade, é preciso viver esta ideia e conhecer o conceito, a partir daquilo que grandes homens pensaram sobre o tema, como filósofos e literatos. Precisamos igualmente conhecer a mentira, o que significa os motivos pelos quais todos acabam em algum momento utilizando deste expediente e, mesmo, se há situações justificáveis para seu uso. Mentir é pior que trair, pois você priva o outro de viver uma real felicidade. Sabemos que viver a verdade nua e crua é muito difícil. Mas, não há nada melhor do que termos a consciência tranquila, de saber que apesar das dificuldades nossa vida é um jogo tão excitante que nos permite jogar de uma maneira livre e aberta. Falando a verdade você tem: liberdade de ação; segurança em poder olhar no olho do outro e expor o que pensa e sente; e adquire confiança em si mesmo. Mas, como vivemos em um mundo de aparências, onde, por mais que você tente ser autêntico, verdadeiro, os outros não aceitam tal atitude. É mais conveniente aceitar uma mentira do que encarar a dura verdade. Você deve saber que ao primar pela verdade você sempre será visto com certa desconfiança pelas pessoas que o cercam, não é fácil, é duro, mas vai de você escolher o que é melhor para si. Essas foram as principais reflexões extraídas das discussões após as aulas. Enfim, foi uma experiência muito produtiva o uso do curta "Mentira" em sala de aula.